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sábado, 28 de agosto de 2010

132. Quase um amor?

Você já teve alguém na sua vida que, provavelmente era um(a) amigo(a), com quem você gostava de conversar, passar horas em sua companhia, adivinhar pensamentos, linguagem especial de comunicação secretamente implícita? Assunto é o que não falta, vocês se entendem, e têm prazer nas meeeesmas coisas?

E pior, você se sente fisicamente atraído(a) por ela/ele, e tem certeza que vocês formariam o casal perfeito?

É sem dúvida alguém perfeito para você passar o reeeesto da sua vida. Velhinhos conversando sobre a vida. Ou até morrerem juntos como no filme Diário de uma paixão. Ai, suspirei agora! Eu amo muito aquele filme.

Então, você se dedica a esse relacionamento com todo afinco e esperança, que vai chegar o dia, em que em alguns dos seus vários encontros, vai rolar aquele beijo, e tudo, finalmente, vai se desenrolar. Seus sonhos finalmente se tornarão realidade. Finalmente! E, você merece. Você não merece menos que esse relacionamento perfeito, com essa pessoa per-fei-ta para você.

Bom, meu problema é que esse dia nunca chega, rs. A gente continua amigo até que a morte nos separe, rs. Ah não, sinto muito, mas estou ouvindo uma música que tenho que inserir aqui. É um sinal, rs. Olha só:

(...)
Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho
E quase que fiquei contente

E fui feliz pra sempre

No dia em que eu
Quase conquistei seu coração (Quase – Pato Fu)

É, as músicas sempre me ajudam.

Esses relacionamentos que temos, são os quase. E assim são, pelo que tenho observado, para não dizer, vivido, que essa nossa pretensa alma gêmea é sempre alguém cheio de rolos, complexa (um eufemismo). Alguém que nunca está disponível para viver o nosso (leia-se nosso: eu, você, as pessoas iludidas que vivem essa situação, e provavelmente, ou certamente, não ela, a pessoa amada por nós) tão sonhando e lindo amor.

E ficamos frustrados, pensando: - Mas poxa vida! Por que não eu? Por que não nós? Ia ser tão perfeito. Ele/ela é a pessoa ideal....

Dá uma raiva. Um disperdício de pessoa.

Pode ser.

Mas pode também não ser. Nós com nossa mania de idealização, confiamos que a garantia que teremos o relacionamento que nos fará realmente felizes, é nos relacionarmos como esses quase ( quase nós? Pois é!),

Depois de alguns quase, comecei a refletir em dois aspectos: na sensação de estar desperdiçando alguém no padrão do que desejo, e como então deve ser a pessoa certa pra gente.

E as conclusões que tenho chegado são:

Não há desperdício. Não é ­quase um amor. É um amor. Um amor lindo, verdadeiro, e que provavelmente, nunca irá acabar. Aquele amor chamado amizade. E que não devemos deixar passar em vão. A gente tem que se agarrar a esse amar e cultivá-lo. Ser grato, porque é um presente. Quando percebemos isso não há chateação pela pessoa ser enrolada e não desenrolar para o nosso lado. Nos permitimos só viver esse relacionamento.

E, tenho concordado com um texto famoso da net, atribuído ao gordinho do meu coração: Luís Fernando Veríssimo, mas que não sei ao certo se é dele. Chama-se A pessoa errada. Muuito conhecido, e pode ser conferido no final desse post, clicando no videozinho. (Mas não pule até lá ainda, please!)

Por melhor que seja um quase, é quase.

E normalmente, porque não se desvencilham e se tornam aptas para serem nossas? E apesar de tudo que um quase é, o que queremos mesmo não é alguém disposto a nos assumir. E, será que somos tão especiais assim, que só porque é conosco o quase deixará de ser uma pessoa enrolada? Huum, talvez o meu problema seja minha baixo auto-estima ou pouca fé para crer.

Então, voltando a pessoa não-quase, penso que não há fórmulas. As fórmulas são para os quase.

Provavelmente não vai ser uma relação segura – se é que existe, e estável como com um quase, mas poderá ser tão especial, preenchedora, feliz e sintonizada. E principalmente, surpreendente e desempedida. Aquela pessoa que a gente seeempre sonhou.

Agora, deixo o gordinho, ou seja quem for o autor, encerrar o texto (e não o assunto) por mim. Façam bom proveito:

7 comentários:

  1. Fala sério, esse é só um sinal que estive por aki pq na verdade esse post vai render...acho que posso comentar ponto a ponto...

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  2. É, acho que mulher tem dessas coisas... A gente sempre procura o cara perfeito e quando O conhece, só terapia pra tirá-lo da cabeça ou da posição de padrão... Ah, quero um cara igual a ele!!!!!!!! E o que fazer com isso, meu Deus? Acho que Isso a gente aprende a vida toda!!!! Só uma longa jornada pra ensinar a gente (que é tão gente, por isso!) como abandonar essa ilusão.

    "Uma vez, eu tive uma ilusão e não soube o que fazer com ela... e ela se foi..." Julieta Venegas

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  3. E apesar da gente saber que precisa largar dela...rsrs...bem mineiro isso!!...a música continua assim "porque eu a deixei, porque eu a deixei? Eu só sei que ela se foi..." A gente se arrepende de abandonar essa ilusão. De certa forma parece que ela preenche um espaço faltante e mesmo ilusão por ilusão, a gente sente falta. Louco né??

    É, eu sei, poucos me entendem mas sei que vc sim! rsrs

    Bjus

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  4. E essa história de amigos pra sempre? Quem nunca esperou viver um amor de amigo? Que grandes amigos caíssem na real e PUF! Eu a (o) amava e não sabia!

    E viveram felizes para sempre!

    Ah, quem não gostaria de amar e ser correspondido desse modo?

    Mas acontece assim, na maioria das vezes? Sei lá, acho que os opostos continuam se atraindo e as brigas temperando um novo romance. Pelo menos, mais que o verdadeiro conto de fadas de amigos apaixonados.

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  5. Ahhhhhhhhhhhh, eu tô cansada do quase!!!!!!!!!!! Quero o acontecido!!!!!!!!!!!! rsrs

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  6. E as músicas..."Porque não eu ahhh, porque não eu??" do Leoni é um clássico de boa fossa! rsrs

    Ah, mas elas tb ajudam a superação pra sair da fossa, vide Bad Romance da Lady Gaga, "só quero mais é beijar na boca", nem que seja pra extravasar as energias e pra xingar o sujeito depois das cagadas da última tentativa...

    E depois tem Norah, ou Amos Lee, ou aquela bem relaxante que "te dá forças pra aguentar uma próxima tentativa"...

    "Ah!! O que seria da vida se ela não tivesse trilha sonora??"

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  7. Ao invés da certa, tô caçando a pessoa errada que tanto anunciou Luiz Fernando Veríssimo...

    Acho que já tenho meu primeiro texto do Damas e Cavalheiros...rsrs

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