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quinta-feira, 19 de julho de 2007

59.Mas enquanto isso, na sala da justiça...

Transformados
PARECE que já está na hora de pegar emprestado outra parábola de George MacDonald. Imagine-se como uma casa viva. Deus entra em cena para fazer uma reforma na casa. No começo você pode até entender o que ele está fazendo. Ele consertará os ralos entupidos, as goteiras no teto e assim por diante; você já sabia que esses servicinhos tinham mesmo que ser feitos e, por isso, não fica nada surpreso. Mas, no momento em que ele começa a martelar por toda a casa, de forma incrivelmente dolorosa, as coisas já não parecem mais fazer sentido. O que Deus está pretendendo afinal? A explicação é que ele está construindo uma edificação bem diferente do que você tinha imaginado – jogando fora uma ala inteira aqui, colocando um novo piso ali, levantando torres, instalando jardins. Você imaginava que seria transformado num casebre; mas, na verdade, ele está construindo um palácio. Ele pretende vir morar nesse palácio.
O mandamento sede perfeitos não é nenhum idealismo barato. Tampouco se trata de um mandamento para fazermos o impossível. Ele nos transformará em criaturas capazes de ouvir e obedecer aos seus mandamentos. Deus diz (na Bíblia) que somos “deuses”, e que ele cumprirá as suas palavras. Se nós o deixarmos fazer isso – pois poderemos impedi-lo se preferirmos –, ele nos transformará das mais débeis e asquerosas pessoas em criaturas boas ou divinas, deslumbrantes, radiantes, imortais, com tanta energia, alegria, sabedoria e amor pulsando por todo o corpo, que não podemos sequer imaginar. [Seremos transformados] em espelhos claros e imaculados que refletem Deus perfeitamente (embora, é claro, numa escala menor), seu próprio poder sem limites, seu prazer e sua bondade. O processo será longo e, em parte, bastante dolorido, mas é para isso que fomos criados. Para nada menos. O que Cristo disse é para valer! –
de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples]
Retirado de Um Ano com C. S. Lewis (Editora Ultimato, 2005).

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