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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

128. Oração

Tenho pensando demais a respeito da minha prática teológica. Sei lá, se posso chamar disso. Mas se fosse em outras épocas, diria de cara: vida cristã. Tenho pensado demais em terminologias. Deve ser que é bom pra mim, pensar nisso tudo. Só não quero perder a simplicidade. Sempre foi a minha forma de ser mais próxima das pessoas: saber interpretá-las e ajudá-las a simplificarem os próprios pensamentos. Nada pensado. Acontece, eu acho massa. E peço a Deus pra que continue me ajudando a ajudar assim.

Mas alguns temas para mim têm se embolado nesses últimos dias. E não estou achando bom, porque estou ficando meio perdida. Não têm me levado a ser uma pessoa de mais fé. Têm atrapalhado um pouco meus momentos devocionais. Mas eu sei que é um processo no qual estou aprendendo. Não quero descartar. Quero pensar a respeito até ter paz.

Por isso esse texto. Uma ajuda para processar as coisas.

Desses temas, a oração.

Eu gosto tanto de orar. E quando quem não sabe orar me pergunta como fazê-lo, eu sempre respondo que é falar com Deus. E não é? É, não é? Para mim, é e ponto. Sempre foi simples assim. Então, não me venham complicar!

É. Há exageros para todos os lados, eu sei. Há quem não reflete sua vida devocional. Mas há quem reflete demais. Os dois são complicados. E talvez, ambos ritualísticos demais. Porque até que só sabe criticar uma religião cheia de regras, acaba criando outros ritos pela falta deles. É um pensamento meio longo. Não vou explicar agora, mas posso explicar para quem quiser.

Oração fica mais simples para mim pensada sempre como conversa, como diálogo. Na verdade, por causa da nossa imperfeição, provavelmente, mais monólogos. Sei que a gente fala mais com Deus que se dispõe a ouvi-Lo. Mas Ele sabe que somos assim. E é por isso mesmo que temos coragem de chegar para falar com Ele. Sabemos que somos amados por Ele.

Disseram-me que a gente ora quando sente saudade de Deus. E não foi um “gospel”, não mesmo! Há, preocupei! Aliás, isso tá martelando na minha cabeça até agora. Porque eu quase nunca sinto saudades dEle. Não é porque eu queira ser crente demais, essas coisas. Mas é porque na minha cabeça, Ele está sempre presente. Está comigo em todos os lugares. Em todo momento. Eu sei, eu sei que a gente se afasta. Que sempre estamos em falta. E não estou criticando o termo saudade. Estou só preocupada comigo. Eu deveria sentir saudade de Deus?

Deveria e não deveria na minha concepção. Deveria porque isso nos faz voltar para Ele. E não, porque saudade para mim é quando a gente fica muito tempo sem encontrar alguém. Então...

Então, oração é parte e reflexo do nosso relacionamento com Deus. Para mim, funciona como nos outros relacionamentos. É conversar. Pode ser longo. Pode ser curto. Uma verborragia só. Ou ser só silêncio. Pode ser confuso. Ou organizado. Um pedido de socorro, ou vários outros pedidos. Pode ser uma até lista de pedidos. Pode ser só agradecer. Pode ser tudo isso junto. Só não pode ser só uma delas. E só não pode deixar de ser.

Oração é comunhão.

Como boa presbiteriana que sou, um hino:

               Preciosas são as horas na presença de Jesus
              Comunhão deliciosa da minh'alma com a luz
              Os cuidados deste mundo não me podem abalar
              Pois é Ele o meu abrigo quando o tentador chegar.

              Se confesso meus temores, toda a minha imperfeição.
              Ele escuta com paciência essa triste confissão.
              Com ternura repreende meu pecado e todo o mal
              Ele é sempre o meu amigo, o melhor e mais leal.

              Se quereis saber quão doce é a divina comunhão 
             
Podereis mui bem prová-la e tereis compensação 
             
Procurai estar sozinhos em conversa com Jesus 
             
Provareis na vossa vida, o poder que vem da cruz.


                                                                                             É isso ai que eu penso.

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